terça-feira, 12 de julho de 2011

Minh'alma

  


Me esvaziei de minha vontade para saber do que realmente preciso, caminhei em passos lentos apreciando os campos da vida. Seguindo o vento a deriva do destino, me encantei desde menino com a natureza e suas coisas. Na maturidade me voltaram estas lembranças a me surpreender, mas a surpresa foi perceber que a vida toda eu lutei, para voltar a ser aquele menino e intacto lá estava ele na pureza da minh'alma. Então comecei a ouvir suas vontades em ternas lembranças e descobri que eu não sou quem eu gostaria de ser, mas sim sou quem eu deveria ser. Sem que eu percebesse as minhas vontades foram esquecidas, abandonadas por aquele que eu me tornava. Muitas vezes o meu eu, foi totalmente desfigurado pelo todo, então a minha vontade sempre foi melhor moldada do que realizada, pois a minha índole, aquela vocação nata, aqueles desejos daquele menino sempre guiaram os meus passos. Em contradição a eles vieram as influências da vida, as contradições da minha própria natureza que é tão humana quanto qualquer outra, tão falha ou mais que qualquer outra; Estas me pintavam a face, me embalavam os pés, em um circo armado para que eu fosse o próprio anfitrião o palhaço, e com minhas mascaras esquecesse quem eu realmente deveria ser. De tantos espetáculos da vida não escapei intacto, mas ao meio dia desta caminhada me espreguicei como se acordasse, e o sol mesmo pálido de um inverno nublado, me esquentou a face e desvendou meus olhos. Como se dissesse acorde me mostrou o mundo, então pude ver muitos caminhos onde o sol era intenso, outras tantas encostas onde nem mesmo àquela hora ele alcançava, florestas densas, campos floridos, uma infinidade de animais e pessoas de todos os tipos em seus afazeres diários. Então enfim eu percebi que o meu eu as minhas vontades não eram importantes, e nem tão pouco as vontades do mundo tinham qualquer importância. O caminho a seguir este tinha considerável importância, só que muitas vezes somos forçados a desviar deste, então a importância maior seria não quem ou porque mas sim o que eu levaria comigo por toda minha vida, por todo este caminho, a escolha seria obvia; O que aquele menino carregava dentro do seu peito, era um coração cheio de amor, o mesmo que ainda descobri em mim e que eu deveria preservar comigo pelo resto do caminho. Não sei se é tarde mas depois de aprendê-la, esta lição tão valorosa, mesmo na impossibilidade, de demonstrá-la de fato, ou mesmo de reproduzir com fidelidade este relato, te faço um pedido reflita os seus atos com amor e tente levá-lo consigo.
Obrigado.
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